Nair Cioldin Cezarin, merendeira em nossa escola por vinte anos, será sempre lembrada com carinho por alunos e ex-alunos.
Um jeito calmo, um pouco tímida. Quando ao final do recreio alguém insistia em “repetir” a merenda, lá estava ela com toda a paciência do mundo ensinando que se deve comer no tempo correto do intervalo.
E quando a galera do noturno resolvia apagar a luz da cozinha? Tadinha dela! Repreendia os meninos com tanto carinho! Era tanta empatia que o pessoal se arrependia e voltava pedindo mil desculpas à ela.
Dona Nair sempre se recorda dos seus primeiros anos de Risoleta, época de grande número de alunos em que se cozinhava de uma só vez – eram dois intervalos, um para os pequenos do primário, outro para o ginásio – a comida servida por duas vezes então.
Nesses últimos anos de Risoleta, dona Nair relata que adora reencontrar ex-alunos pelas ruas; alguns que não se recorda mais, mas o sorriso estampado no rosto alheio lhe familiariza de imediato com aquela pessoa.
Nossa eterna merendeira deixou nossa escola atualmente, mas ainda continua trabalhando no ramo.
Onde quer que esteja nessa sua caminhada do dia-a-dia, teremos sua imagem presente por todos os dias em nossas mentes.
Texto: Jozy Santos